quinta-feira, 25 de julho de 2013

Papéis em Branco

Haverá um dia em nossas vidas, um dia em que olharemos para trás. Um dia que ficará marcado por ser o dia em que abrimos nossas gavetas e reviramos nosso passado. Nesse dia, teremos mais certezas do que dúvidas. Nesse dia, saberemos o que fomos, mais do que sabemos o que somos. Nesse dia, escorrerão lágrimas e a saudade será grande. Talvez não.

O presente, onde nos encontramos, por mais abstrato e confuso que pareça, guarda em si alguns pontos impressionantes. É dele, e somente dele, o poder de preencher os papéis em branco.

Papéis em branco. Papéis preenchidos. Algumas gavetas.

Essa é a vida. Esse é o resumo das nossas vidas. 

Papel e caneta nas mãos. Destinos incertos, amanhãs mais imprevisíveis que a meteorologia paratiense. Um pingo de inspiração num poço de desejos, eis o que parecemos ser. Rascunhos, esboços, rabiscos. Esse é o risco que corremos somente por estarmos vivos. Caminhar junto às horas do dia a dia, junto às possibilidades de um livro prestes a começar.