Hoje eu acordei sob os braços do
Redentor. Coisa linda. É diferente, acordar sob os braços do Cristo e sua
acolhida celestial. Uau. A ficha vai caindo aos poucos e logo vou dando
conta...
Estou de fato no Rio. Sim.
Fucking Rio de Janeiro. Essa porra de cidade maravilhosamente misteriosa.
Ok. Pode parecer coisa da minha
cabeça, mas no fundo sei que não é. Em alguns momentos não vejo qualquer
diferença notável. Uma cacetada de prédios e mais prédios. Nunca compreendi
muito bem essa coisa. Uma casa em cima da outra. Um verdadeiro pisoteamento
coletivo.
O calor ao qual esperava passou
longe. Nuvens carregadas de chuva e um clima um tanto quanto inusitado
confundem e decepcionam minhas expectativas.
Alguém precisa de um homem para
abrir a garrafa de Mate Leão. Caetano diria Mate Não, Meu Leão, Meu
Leãozinho...
A noite cai como uma jaca madura.
Ploft. E agora são diversos prédios e pisoteamentos coletivos iluminados. Potes
de palmito e azeitonas também precisam ser abertos, mas sem tapa no bumbum do
pote.
Olho para os lados e não entendo
nada. Porém, gosto e aceito tudo o que se faz visível aos meus olhos e
perceptível aos meus sentidos. Bolô parece me odiar. Caralho de gato bipolar,
tenho medo.
Me empanturrei de ceviche e
banana. Banana fruta e banana torta. Bem bom. A menina linda dos olhos
azuis me acolhe incrivelmente melhor que Cristo. Acho que sou um belo de um
filho da puta pecador.
Dane-se. A noite é uma criança e
me tira para brincar.