sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Homem Que Não Sabia Chorar

O homem que não sabia chorar aprendeu a rir. E riu tanto, mas tanto, que se esqueceu do tempo, dos amigos, dos quilos e dos compromissos, se esqueceu das responsabilidades, da idade e da facilidade que tinha em expressar seus sentimentos. Riu tanto, que durante um bom tempo, não percebeu que ali dentro, haviam lágrimas estocadas, deixadas de lado para uma próxima oportunidade, que até então, não havia lhe batido à porta.

Um choro doído, contido. Um grito abafado, guardado, sofrido. Coração partido. O homem que não sabia chorar aprendeu a lacrimejar. E ele, que já havia chorado certas vezes, infelizmente, lembrou que altos e baixos fazem parte da vida.

Não existe certo, não existe errado. Existe o oportuno e o inoportuno, como o momento ou o ato. Abstrato, como o fim de um relacionamento, que já beirando o chato, havia de ser reciclado. Caminhos abertos, caminhos fechados, seres humanos, energizados.

A mulher que o ensinou a rir, também o ensinou a chorar. E isso agora ele aprendeu, sem mais tardar.