segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mais do Mesmo

Mais do Mesmo


Já me perguntaram trocentas vezes em quem eu votei. Se eu votei, o por quê. Além do por quê, se existe em mim alguma raiz partidária que me faça ser escroto o bastante para votar e, pra não fugir ao hábito, se eu tenho algum problema.

Eu votei sim, não anulei meu voto, não fiz campanha política nem pra um, nem pra outro. Só acredito que um lado dessa moeda seja um tanto mais sujo que o outro, mas isso não quer dizer que eu aceite essa moeda. Prefiro somente jogar com o lado mais limpo, ou menos sujo, tanto faz.

Para findar minhas considerações pós-eleições, votei no azul-amarelo da social democracia, pra não perder o costume. Pra não perder o costume e a minha liberdade de expressão. Pois são os ataques feitos à imprensa e aos meios livres de comunicação, como blogs e demais artifícios que, ao meu ver, tornaram a campanha da candidata da classe operária uma verdadeira maré de dúvidas e medo.

Medo.

Medo de não poder mais vir à público, assim, como venho habitualmente aqui, pra dizer as palavras que insistem sair da minha boca, palavras que se levadas ao pé da letra, não são tão tolas, como você pode ver.

Meu voto não é segredo, nem protesto. Meu voto é um dever, que deveria ter sido coroado com a participação total do eleitorado, porém, vivemos num país onde se trabalha de mais e se folga de menos. O feriado quebrou a perna de ambos os candidatos, mas não as minhas.

Andei cerca de 45 minutos, depois de pegar um metrô abarrotado de gente, subi, desci, subi de novo, virei pra esquerda, pra direita, e ponto, cheguei. Vim, votei, venci. E agora posso me considerar digno da explanação que faço aqui. Quem não vota é idiota.

Se essa é a melhor forma de protesto que vocês conhecem, eu é que pergunto, qual o problema de vocês?